sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Manoel de Oliveira



Manuel Cândido Pinto De Oliveira, nasceu a dezembro de 1908 no Porto. O cineasta mais velho do planeta, ainda em actividade promete para breve o filme O Estranho Caso de Angélica, acompanhado da mesma equipa de depois de Singularidades de uma rapariga Loira. Oliveira já fez mais de 30 longas - metragens, e mais de 10 curtas e médias - metragens como por exemplo o documentário Douro, Faina Fluvial, entre 1929/31. Provém de uma familia burguesa de poderio industrial estudou num colégio de jesuitas na Guarda onde ainda jovem se dedicou ao atletismo, ao automobilismo, e também foi dado à vida boémia participando de tertúlias com José Régio, entre outros. Entrou na escola de actores no Porto fundada pelo cineasta italiano Rino Lupo, e entrou em alguns dos seus filmes como figurante e actor como no Fátima Milagrosa de 1928. Em 1932 realizou dois documentários, Estátuas de Lisboa, e sobre a companhia hidro-eléctrica do rio Ave, Hulha Branca. Volta a filmar só em 1938 outro documentário Mirar, Praias das Rosas e também Em Portugal já se Fabricam Automóveis, e em 1941 realizou um documentário de maior duração sobre a vila de "Famalicão". Em 1942 teve a grande oportunidade de estrear a sua primeira longa-metragem, conhecida como Aniki Bóbó, que foi uma adaptação do cineasta da obra "Menino Milionários" de João Rodrigues De Freitas, ficando depois bastante tempo sem filmar por falta de condições financeiras, voltando em 1956 com o documentário O Pintor e a Cidade após ter estado na Alemanha, onde adquiri-o um grande conhecimento acerca de técnicas cinematográficas e em questões de cor. Oliveira é considerado por muitos criticos de cinema, por géneros de Drama Histórico e Documentário, e este último engloba-se num estilo considerado por muitos que fez de Manoel de Oliveira uma grande referência para cineastas do movimento Cinema Novo. Depois de 1974, no fim da ditadura resultaram interesses e desejo de continuar com o seu trabalho que era e é a vontade de filmar. Muitos dos seus filmes são adaptações literárias que assumem uma natureza narrativa, utilizando planos longos e fixos e repetições de tais planos em imagens bem compostas. Manoel de Oliveira já recebeu inumerosas homenagens, prémios, talvez pela sua idade e também pelo seu trabalho o que não podemos deixar de distiguir é a sua vontade, tendo ele desde os anos 80 quase um filme estreado por ano.

Marco Leote
Nº30878

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