Dificuldades
1) Confusão entre as denominações etnologia e antropologia.
A etnologia trata das culturas das diferentes etnias (designação mais usada em França). Trata-se de um primeiro nível de conhecimento, onde o importante é a recolha de informação.
A antropologia debruça-se, sobretudo, sobre a unidade do género humano (designação mais anglo-saxónica). Trata-se de um segundo nível de conhecimento onde se faz a análise da informação recolhida através de comparações. Dentro da antropologia propriamente dita existem duas abordagens: a antropologia social (autores britânicos), que estuda as instituições e a antropologia cultural (autores americanos), que estuda os comportamentos.
2) Definição do grau de cientificidade.
Conseguirá o homem estudar-se a si mesmo sem nenhum tipo de subjectividade? Deverá a antropologia ser considerada como uma ciência ou como uma arte?
3) Relação ambígua com a História.
Duas disciplinais que se interligam estreitamente nos séculos XVIII e XIX mas que se separam durante o século XX. Mais recentemente verifica-se uma relação mais próxima, novamente.
4) Dúvidas em relação à “antropologia aplicada”.
Deve a antropologia servir um propósito social, uma ideologia? Deve actuar e intervir directamente na sociedade que estuda, transformando-a? Ou deve manter uma posição de neutralidade?
Para Laplantine este é um assunto chave para a definição de antropologia. Para o autor “o antropólogo […] não deve trabalhar para a transformação das sociedades que estuda. […] Auxiliar uma determinada cultura na explicitação para ela mesma é uma coisa; organizar política, económica e socialmente a evolução dessa diferença é uma outra coisa.” (p. 30) Refere ainda que os melhoramentos nas sociedades estudadas podem ser uma consequência do trabalho do antropólogo, mas não a sua função – que deve ser apenas a de propor instrumentos de investigação.
A antropologia deve sim aplicar-se a:
- preservar os patrimónios culturais locais ameaçados e
- analisar as constantes mutações culturais das sociedades contemporâneas.
5) A especialização dos antropólogos em áreas restritas.
São várias as especializações: antropologia económica, política, de parentesco, das organizações sociais, religiosa, artística, visual, dos sistemas de comunicação, etc. Isto é uma dificuldade porque a antropologia é, de facto, plural. Por isso é tão necessário, refere o autor, a complementaridade das diferentes abordagens antropológicas. Porque, como refere Laplantine em conclusão deste capítulo, “a antropologia é a ciência do homem por excelência, pertence a todo o mundo. Ela diz respeito a todos nós.” (p. 33)
1) Confusão entre as denominações etnologia e antropologia.
A etnologia trata das culturas das diferentes etnias (designação mais usada em França). Trata-se de um primeiro nível de conhecimento, onde o importante é a recolha de informação.
A antropologia debruça-se, sobretudo, sobre a unidade do género humano (designação mais anglo-saxónica). Trata-se de um segundo nível de conhecimento onde se faz a análise da informação recolhida através de comparações. Dentro da antropologia propriamente dita existem duas abordagens: a antropologia social (autores britânicos), que estuda as instituições e a antropologia cultural (autores americanos), que estuda os comportamentos.
2) Definição do grau de cientificidade.
Conseguirá o homem estudar-se a si mesmo sem nenhum tipo de subjectividade? Deverá a antropologia ser considerada como uma ciência ou como uma arte?
3) Relação ambígua com a História.
Duas disciplinais que se interligam estreitamente nos séculos XVIII e XIX mas que se separam durante o século XX. Mais recentemente verifica-se uma relação mais próxima, novamente.
4) Dúvidas em relação à “antropologia aplicada”.
Deve a antropologia servir um propósito social, uma ideologia? Deve actuar e intervir directamente na sociedade que estuda, transformando-a? Ou deve manter uma posição de neutralidade?
Para Laplantine este é um assunto chave para a definição de antropologia. Para o autor “o antropólogo […] não deve trabalhar para a transformação das sociedades que estuda. […] Auxiliar uma determinada cultura na explicitação para ela mesma é uma coisa; organizar política, económica e socialmente a evolução dessa diferença é uma outra coisa.” (p. 30) Refere ainda que os melhoramentos nas sociedades estudadas podem ser uma consequência do trabalho do antropólogo, mas não a sua função – que deve ser apenas a de propor instrumentos de investigação.
A antropologia deve sim aplicar-se a:
- preservar os patrimónios culturais locais ameaçados e
- analisar as constantes mutações culturais das sociedades contemporâneas.
5) A especialização dos antropólogos em áreas restritas.
São várias as especializações: antropologia económica, política, de parentesco, das organizações sociais, religiosa, artística, visual, dos sistemas de comunicação, etc. Isto é uma dificuldade porque a antropologia é, de facto, plural. Por isso é tão necessário, refere o autor, a complementaridade das diferentes abordagens antropológicas. Porque, como refere Laplantine em conclusão deste capítulo, “a antropologia é a ciência do homem por excelência, pertence a todo o mundo. Ela diz respeito a todos nós.” (p. 33)
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