quinta-feira, 5 de novembro de 2009

“Ficção ou não-ficção e o cinema de asserção pressuposta: uma análise Conceitual” (parte 2)

Filmes de asserção pressuposta
O conceito de não-ficção é mais amplo do que o necessário para os estudos de cinema.
A não-ficção é o oposto da ficção.
Até agora o conceito de não-ficção sempre foi visto como algo negativo, tudo o que o público não deveria ver, fazer, mas a partir de agora o autor quer mudar isso, dar-lhe uma caracterização positiva.
Com o cinema da asserção pressuposta, o realizador tenciona que o público se entretenha como assertivo o conteúdo proporcional do seu filme no seu pensamento. Logo o realizador do filme tem como objectivo ao fazer o filme que o publico adopte uma postura assertiva mas também que entenda o filme, as duas coisas são importantes.
O conceito de cinema do traço pressuposto é diferente do cinema da asserção pressuposta. O último, é mais amplo, refere-se a obras cujo realizador tem as mais diversas espécies de intenção assertiva, enquanto o cinema do traço pressuposto diz respeito apenas os aos filmes que os realizadores têm uma intenção assertiva muito particular. A noção de cinema do traço pressuposto compreende a dimensão “documental” e pode ser derivado da actualidade.
Perante isto, não é fácil escolher entre os dois.
Mas o autor esclarece-nos dizendo: “ Se desejarmos definir o fenómeno da actualité, a noção do cinema pressuposto é mais eficiente. Porém, se desejarmos contemplar o que os teóricos de cinema geralmente têm em mente quando se referem a documentários ou cinema não-ficcional, creio que a noção de cinema da asserção pressuposta é superior.”
Ao contrário da noção de griersoniana de documentário, o autor acha que o conceito de cinema de asserção pressuposta inclui a actualité.

Algumas objecções
Para mostrar as suas teorias de cinema de asserção pressuposta e do traço pressuposto, o autor utilizou o modelo comunicativo da intenção-resposta. (Reconhecimento do publico e a intenção da parte do realizador), mas alguns teóricos não acreditam que isto seja possível, mas o autor contradi-los argumentando que a teoria do cinema da asserção pressuposta é uma teoria ontológica, ou seja, uma explicação da natureza de certa categoria de filmes, e não uma teoria de como saber identificá-los.
Os teóricos do cinema, ficam com o pé atrás, quando o autor fala das intenções autorais, mas não faz sentido, pois constantemente na vida das pessoas isto acontece diariamente, em diversas situações quando estamos perante algo ou alguém, já sabemos o que fazer ou como agir, e não faria sentido se assim não fosse.
É muito fácil um público saber o que esperar daquele filme, pois a informação da identificação do filme aparece em muito lados, onde estão classificados, onde o realizador fá-lo esperando aquela postura da parte da outra pessoa.

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