segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nascimento do Cine-Olho

No Nascimento do Cine-Olho, de 1924, encontra-se uma teorização mais específica.

Cresceu o desejo de captar sons documentais na imagem, não pela descrição mas sim pela inscrição, como se estes pudessem ser fotografados. Organizou-se assim um novo Universo audível e visível no cinema da época.


O Cine-Olho nasce como uma cine-análise, como “teoria dos intervalos”, ou teoria de relatividade na tela; subentendendo todos os meios e invenções cinematográficas, processos, métodos, e tudo o que pretendia mostrar a verdade. Deste modo, aliou-se o Cine-Olho ao Cine-Verdade.


O Cine-Verdade mostrava a realidade humana, sem representações fictícias, como se as pessoas fossem desnudadas completamente pela câmara; tornando visível na tela o que anteriormente era invisível; ou até transformando o que era mentira em verdade.

1 comentário:

  1. Dziga Vertov quer que as montagens das imagens mostrem a verdadeira visão do dia-a-dia, ou seja, que nada daquilo que nos é mostrado seja/pareça manipulado-pessoas agirem e mostrarem-se sem máscaras.
    Dái surge a ideia de cine-olho-o que vemos é intermediado por uma câmara e nós temos a noção disso mesmo através do que nos é mostrado:
    transmisão feita através da montagem de planos e entre planos e através do tempo de intervalos entre planos.
    Mais tarde este termo será muito bem associado ao conceito de cinema vérite (cinema verdade) que traduz-nos que um filme é sempre ficção mas que aquili que se mostra é a verdade tirada das pessoas naquele momento (actuam mas de uma forma verdadeira).

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